domingo, 19 de abril de 2009

A eterna busca por um jornalismo sem “paixões”


Cláudia Belo

Desde o primeiro período do curso, todo aluno de jornalismo aprende que para fazer jornalismo ético é preciso trabalhar com objetividade e imparcialidade. Porém, não é segredo para ninguém que ser objetivo e imparcial, principalmente no jornalismo, é impossível. Diante do trabalho realizado na atualidade por alguns jornalistas é visível a inexistência de valores éticos e morais que garantem e afirmam isto.

A utilização de gravadores e câmeras escondidas para a investigação de alguma matéria, é um exemplo clássico e atual da imoralidade de alguns jornalistas e a falta de respeito com a profissão. Para realizar trabalhos que utilizam esse aparato, o jornalista precisa falar “mentirinhas” ou meias verdades que para serem justificadas são ditas como sendo destinada a uma “causa nobre”.

Mediante ao que é apresentado nos jornais na atualidade, percebe-se que a objetividade e a imparcialidade no jornalismo é uma lenda. Além disso, não é visto, nenhuma movimentação de luta ou reivindicação por um jornalismo isento de “paixões”, visto que hoje em dia, a moral e a ética, nesse segmento, não preocupa muita gente. Sendo assim, o jornalismo ético e moral perdeu a importância ao longo dos anos, e a falta dele tornou-se aceitável e normal na sociedade.

É evidente que não se pode generalizar ao afirmar que o jornalismo ético e moral perdeu importância, porque ainda há profissionais que fazem desses elementos o princípio de suas atividades, porém, estes são a minoria.

Como já foi dito anteriormente, a objetividade e a imparcialidade no jornalismo é uma lenda. O jornalista busca e faz o possível para atingí-los, mas na hora de editar ou escrever um texto, a subjetividade enraizada na cultura e na formação do profissional deixa ser transpassada, frustrando o objetivo inicial. Mediante isso, conclui- se, a busca do jornalista pela objetividade é constante e louvável, mas sua conquista é impossível.

Independente de ter ou não objetividade e imparcialidade, é cada vez mais importante as escolas de formação em jornalismo inserir e propagar em seus alunos a realização de trabalhos éticos e morais durante toda a vida acadêmica e profissional. Resta saber se isso surtirá algum efeito.

2 comentários:

  1. Ai Claudinha, assunto polêmico este seu! rs

    Eu não sou tão radical quanto vc... acho que esses problemas surgem mais dos interesses das empresas jornalísticas que dos profissionais em si... E sim, eu acredito que o ensino e a promoção da ética durante a formação acadêmica é essencial e surte bons efeitos.

    Abraços e parabéns pela reflexão!

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  2. Companheira Belo, sou leitor ativo do seu blog. Mas nas últimas semanas não vejo conteúdos novos nele. Gostaria de saber o que está ocorrendo. Se precisar estou à disposição, ok!

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